Het Is December

Ahhrrrggg!!! Está um frio de rachar. Chegar do nosso rectângulo de terra, cheio de sol, a contemplar-nos com uns belos 25ºC, e levar com 1ºC às 10h da manhã é bastante doloroso. Será que estamos em Dezembro?!?!? É que se não estamos parece!!!

As fotografias falam por si. Livra!!!


-- PP & RT

Voedsel Voor de Mensen

Com a casa, passamos a dar ao corpinho comidinha caseira. Fizemos as compras no Albert Heijn, onde se consegue adquirir mantimentos a preços semelhantes aos de Portugal.

(Conta do Alberto)

A coisa não correu muito bem no primeiro prato, porque o pacote de sal tinha defeito, causando excesso de condimento naquilo que podia ter sido uma fantástica bolonhesa.

Nos outros dias, seguiram-se:
- Arroz de Salsichas com Milho e Cogumelos
- Feijão Açoreano da Cristina
- Scampi Al Forno com Tagliatelle
- Mixórdia à Portela com Ovos Escalfados

Todos estes pitéus foram acompanhados de salada mista e das belas Leffe (0.90€ cada!)

(Preparação dos Scampi Al Forno)

O processo de elaboração do Scampi Al Forno permitiu-nos inovar na abertura de latas de tomate em que a patilha de abertura vem com defeito (as coisas do Alberto podiam ser mais jeitosas). A patilha partiu. O Renato usou o punho da faca para forçar a tampa da lata. Resultado: tomate na t-shirt, tomate na camisa do Portela, tomate nas paredes, tomate nos cortinados (enfim ...).

(Depois do acidente com a lata de tomate - ainda se vêem as nódoas no cortinado e o Portela sem a sua bela camisa)

(Preparação da Mixórdia do Portela)

(Mixórdia do Portela)

As refeições terminam com um chá (para acamar) e com a limpeza da cozinha.

Está tudo a correr bem mas vamos ter de reduzir nas doses senão a bicicleta e o squash não chegam para equilibrar a balança.

-- PP & RT

Zoals het klokje thuis tikt, tikt het nergens

Fartos de hotel (do preço e das marcações semanais) iniciámos a busca de uma casa para viver em Utrecht.

Começámos por procurar no Google por agências de viagem e deparámos com as mais importantes. A maior parte das agência têm sites onde se podem efectuar pesquisas por diversos critérios (preço, número de quartos, quantidade de mobília, etc.). Após uma triagem inicial efectuámos marcações para ver a única casa que satisfazia as nossas necessidades (3 slaapkammers, relativamente perto do centro da cidade e dos transportes ). Esta relevou ser uma casa bastante interessante, pelo que tratámos que iniciar o processo burocrático necessário para tratar do arrendamento. Durante este tempo (não chegou a uma semana) a dona da casa foi uma FDP e arrendou a casa a outras pessoas mesmo depois de termos dito que ficávamos com esta.

Retomámos a nossa pesquisa nos sites na tentativa de encontrar outra casa, sem grande sucesso (não há muitas casas com 3 quartos de dormir e os estudantes da cidade ocuparam a maioria dos existentes). Decidimos então mudar de estratégia e coleccionámos uma lista de agência (cerca de 13) e enviámos um e-mail para todas com os nossos requisitos para uma casa com 3 slaapkammer ou 2 casas com 2 slaapkammers (entretanto chegou cá o Morais...). Obtivemos poucas respostas, sendo uma delas da Remax que nos conseguiu duas habitações que nos agradaram.

Ficam algumas particularidades:
- Os holandeses são desconfiados no que toca ao arrendamento (não sabemos se por sermos de outro país): tivemos de mostrar que somos "bons rapazes" (em questões relacionadas com a limpeza e conservação das casas) e que a empresa onde trabalhamos é de confiança.
- As agências tentam sempre cobrar IVA, não sendo legal fazê-lo entre empresas de países da União Europeia. É também necessário salientar este ponto.
- Conseguimos tratar de quase tudo pela Internet o que tornou a parte burocrática relativamente fácil de tratar (i.e. pagamentos por transferência, comprovativos por e-mail, contratos em formato electrónico) - em 4 dias já estávamos a habitar as casas.

Podem ver a localização das casas aqui e algumas fotos mais em baixo da casa onde nós ficámos. A casa tem 2 quartos, 1 sala, 1 cozinha, 1 WC, uma casa de banho, 1 roupeiro e um terraço. Tem aquecimento central com dissipadores em todas as divisões. Não tem sitio onde colocar a Etelvina e a Matumbina (a dona está a tentar arranjar-nos uma garagem onde as deixar, entretanto ficam na rua...)

Sala

Sala

Sala

Sala

Sala

Cozinha

Cozinha

Vista da cozinha

Quarto do segundo andar

Roupeiro

Escadas entre o segundo e o primeiro andar

WC

Porta do WC

Entrada da casa

Ontem fomos ao Albert Heijn comprar os primeiros mantimentos, que usámos para o primeiro jantar. A comida ficou um pouco salgada (pouco é favor) mas comeu-se: carne picada com molho de tomate e massa, uma maçã e um chá no final (os estomagos ficaram a latejar depois de tanto sal).

Mantimentos

As visitas

Os cozinheiros

Ahhh, é caso para dizer "Lar Doce Lar"!

-- PP & RT

Bicicletas

(com participação especial do Pedro Morais, responsável pela sintese do post)

Sintese
Fomos ao ebay. Não deu. Comprámos numa loja. São pretas. Estamos a falar de bicicletas.

Post
Na Holanda todas as pessoas usam a bicicleta como meio de transporte. Inclusivamente as senhoras super-bem vestidas com saltos altos, homens de fato, etc.


É comum ver bicicletas com cadeiras adicionais (1 ou 2) que os pais utilizam para transportar os filhos. Existem outras com alcofa (gigante) na parte da frente que pode ter 2 cadeiras para crianças ou ainda ser utilizada para transporte de compras. Os modelos mais interessantes que vimos foram as bicicletas “harley” e outras em que se pedala práticamente deitado.

(Modelos de bicicletas)

Como já tinhamos referido, existem inumeros parques de estacionamento espalhados pela cidade, onde se pode deixar a bicicleta desde que presa com um bom cadeado. Uma alternativa são os parques cobertos com horários entre as 6h e as 24h. Nestes é necessário pagar para estacionar – 1,10€ por 24h, 4€ por semana e 11€ por mês.

Com tudo isto, ficámos com vontade de passarmos a usar as bicicletas, como meio de transporte para a Sara Lee e na cidade. Assim sendo, iniciámos a nossa aventura em busca de 2 bicicletas. Começámos por procurar uns chaços nas lojas da especialidade, pois pensávamos que ficariam mais em conta (ERRADO!!!).

(Lojas)

Não comprem bicicletas velhas. Um chaço custa 80€ a 100€ e está a cair de podre, sem garantia, sem luzes, com ferrugem, etc.. Ainda chegámos a procurar no eBay, mas rápidamente foi colocado fora de questão, apesar de termos encontrado algumas que se encontravam mesmo na Holanda. Aqui os preços variavam entre os 25€ (as velhas) e os 650€ (as novas).

Dirigimo-nos a uma loja e adquirimos uma bicicleta (149€) e um mega-cadeado (20€). Optámos por um modelo tipicamente Holandês, conhecida como a “bicicleta da avó”, por ser a mais barata das inumeras variedades de bicicletas que existem (bastante mais caras).

(Loja onde comprámos as bicicletas)

Como ainda não temos casa alugada em Utrecht, tivémos de deixar as nossas “meninas” num parque de bicicletas coberto. Deixar as bicicletas no parque é algo que custa bastante ao Renato. Sempre que deixa lá a sua “menina”, dá-lhe um beijinho, afaga o para-lamas, dá uma palmadinha no banco e diz: “Até amanhã, minha linda!” e sai de lá com uma lágrimazita no canto do olho. Nem vos conto as complicações que este rapaz arranja para meter o %@$@£#§ do cadeado na bicicleta.

(Depois da compra)

Assim que comprámos as bicicletas fomos logo nelas para a Sara Lee. Chegámos todos suados e a cheirar a cavalo (o que safou foi o desodorisante).



O Portela ficou com as nalgas a arder durante o dia todo e no dia seguinte andou a cagar de pé (sim ele levava selim).

(Estacionamento de bicicletas na Sara Lee)

Para “melhorar”, durante o passeio nocturno do mesmo dia, andámos a carregar o “chefe” (um gajo “grande”, com 85-90 kg) no suporte traseiro. Nos dias restantes usámos as “meninas” para ir jantar e dar uma volta maior pela cidade.

Terminámos a semana com o baptismo: Etelvina (a do Renato) e Matumbina (a do Paulo). Estamos desejosos de voltar para ver se está tudo bem com “elas” (snif snif).

(Etelvina)

-- PP & RT

Desporto

O facto de os Países Baixos serem praticamente planos, facilitou-nos a iniciação à prática do atletismo (estamos velhos, ferrugentos e gordos). Estipulámos treinar todas as terças e quintas depois de sairmos da Sara Lee. Nestes dias trazemos comida do refeitório para comer depois do exercicío “intenso”. Corremos aleatóriamente pelas ruas da cidade. Resultado: perdemo-nos sempre.

O segundo treino ficou na história, pois conseguimos correr 45 minutos a bom ritmo. Já no terceiro, as canelas do Portela deram o estoiro (reparem bem na carinha de desgraçado – que sofrimento). Para a semana que vem corre melhor.

Esperamos desesperadamente que venha chuva a sério para podermos treinar como campeões!!!

-- PP & RT

Jantares

Jantar “Putas-Finas”. Fomos jantar a um restaurante Indiano, era tudo à grande: arrozinho Basmati, pãozinho de côco, pãozinho de alho, pãozinho de queijo, pratinhos individuais e uma COBRA para cada um (660ml de cerveja sem gás... deve ter sido a cobra que a matou. Pelo menos nós íamos morrendo com tanta comida). Resultado: cada um inchou com 33€. Toma!!!

Jantar dos Patos. Jantámos num restaurante Italiano, onde só com a entrada (Scampi al Forno) ficámos cheios. Mas como somos tugas, venha lá mais uma pizza para cada um. Para homens de barba rija ainda não chega. Manda vir um gelado de meio quilo. Resultado: uma pança cheia outra vez e 25€ à viola.

Jantar do cagalhão. Fomos comer ao sitio mais javardo que alguma vez vimos – Charlie Wok. Como se pode ver na foto, depois de vê-los a cozinhar, é só entusiasmo. Neste restaurante os pratos eram feitos à medida. Primeiro escolhemos massa ou arroz, depois os ingredientes (frango, camarão, bróculos ou rebentos de soja), para finalizar, escolhe-se o molho. Resultado: pança cheia novamente e entre 6€ a 10€ fora da carteira. Está a melhorar...


-- PP & RT