Bicicletas

(com participação especial do Pedro Morais, responsável pela sintese do post)

Sintese
Fomos ao ebay. Não deu. Comprámos numa loja. São pretas. Estamos a falar de bicicletas.

Post
Na Holanda todas as pessoas usam a bicicleta como meio de transporte. Inclusivamente as senhoras super-bem vestidas com saltos altos, homens de fato, etc.


É comum ver bicicletas com cadeiras adicionais (1 ou 2) que os pais utilizam para transportar os filhos. Existem outras com alcofa (gigante) na parte da frente que pode ter 2 cadeiras para crianças ou ainda ser utilizada para transporte de compras. Os modelos mais interessantes que vimos foram as bicicletas “harley” e outras em que se pedala práticamente deitado.

(Modelos de bicicletas)

Como já tinhamos referido, existem inumeros parques de estacionamento espalhados pela cidade, onde se pode deixar a bicicleta desde que presa com um bom cadeado. Uma alternativa são os parques cobertos com horários entre as 6h e as 24h. Nestes é necessário pagar para estacionar – 1,10€ por 24h, 4€ por semana e 11€ por mês.

Com tudo isto, ficámos com vontade de passarmos a usar as bicicletas, como meio de transporte para a Sara Lee e na cidade. Assim sendo, iniciámos a nossa aventura em busca de 2 bicicletas. Começámos por procurar uns chaços nas lojas da especialidade, pois pensávamos que ficariam mais em conta (ERRADO!!!).

(Lojas)

Não comprem bicicletas velhas. Um chaço custa 80€ a 100€ e está a cair de podre, sem garantia, sem luzes, com ferrugem, etc.. Ainda chegámos a procurar no eBay, mas rápidamente foi colocado fora de questão, apesar de termos encontrado algumas que se encontravam mesmo na Holanda. Aqui os preços variavam entre os 25€ (as velhas) e os 650€ (as novas).

Dirigimo-nos a uma loja e adquirimos uma bicicleta (149€) e um mega-cadeado (20€). Optámos por um modelo tipicamente Holandês, conhecida como a “bicicleta da avó”, por ser a mais barata das inumeras variedades de bicicletas que existem (bastante mais caras).

(Loja onde comprámos as bicicletas)

Como ainda não temos casa alugada em Utrecht, tivémos de deixar as nossas “meninas” num parque de bicicletas coberto. Deixar as bicicletas no parque é algo que custa bastante ao Renato. Sempre que deixa lá a sua “menina”, dá-lhe um beijinho, afaga o para-lamas, dá uma palmadinha no banco e diz: “Até amanhã, minha linda!” e sai de lá com uma lágrimazita no canto do olho. Nem vos conto as complicações que este rapaz arranja para meter o %@$@£#§ do cadeado na bicicleta.

(Depois da compra)

Assim que comprámos as bicicletas fomos logo nelas para a Sara Lee. Chegámos todos suados e a cheirar a cavalo (o que safou foi o desodorisante).



O Portela ficou com as nalgas a arder durante o dia todo e no dia seguinte andou a cagar de pé (sim ele levava selim).

(Estacionamento de bicicletas na Sara Lee)

Para “melhorar”, durante o passeio nocturno do mesmo dia, andámos a carregar o “chefe” (um gajo “grande”, com 85-90 kg) no suporte traseiro. Nos dias restantes usámos as “meninas” para ir jantar e dar uma volta maior pela cidade.

Terminámos a semana com o baptismo: Etelvina (a do Renato) e Matumbina (a do Paulo). Estamos desejosos de voltar para ver se está tudo bem com “elas” (snif snif).

(Etelvina)

-- PP & RT

Desporto

O facto de os Países Baixos serem praticamente planos, facilitou-nos a iniciação à prática do atletismo (estamos velhos, ferrugentos e gordos). Estipulámos treinar todas as terças e quintas depois de sairmos da Sara Lee. Nestes dias trazemos comida do refeitório para comer depois do exercicío “intenso”. Corremos aleatóriamente pelas ruas da cidade. Resultado: perdemo-nos sempre.

O segundo treino ficou na história, pois conseguimos correr 45 minutos a bom ritmo. Já no terceiro, as canelas do Portela deram o estoiro (reparem bem na carinha de desgraçado – que sofrimento). Para a semana que vem corre melhor.

Esperamos desesperadamente que venha chuva a sério para podermos treinar como campeões!!!

-- PP & RT

Jantares

Jantar “Putas-Finas”. Fomos jantar a um restaurante Indiano, era tudo à grande: arrozinho Basmati, pãozinho de côco, pãozinho de alho, pãozinho de queijo, pratinhos individuais e uma COBRA para cada um (660ml de cerveja sem gás... deve ter sido a cobra que a matou. Pelo menos nós íamos morrendo com tanta comida). Resultado: cada um inchou com 33€. Toma!!!

Jantar dos Patos. Jantámos num restaurante Italiano, onde só com a entrada (Scampi al Forno) ficámos cheios. Mas como somos tugas, venha lá mais uma pizza para cada um. Para homens de barba rija ainda não chega. Manda vir um gelado de meio quilo. Resultado: uma pança cheia outra vez e 25€ à viola.

Jantar do cagalhão. Fomos comer ao sitio mais javardo que alguma vez vimos – Charlie Wok. Como se pode ver na foto, depois de vê-los a cozinhar, é só entusiasmo. Neste restaurante os pratos eram feitos à medida. Primeiro escolhemos massa ou arroz, depois os ingredientes (frango, camarão, bróculos ou rebentos de soja), para finalizar, escolhe-se o molho. Resultado: pança cheia novamente e entre 6€ a 10€ fora da carteira. Está a melhorar...


-- PP & RT

Utrecht

Apesar de ser uma cidade, {Utrecht} parece uma vila. O facto das casas terem no máximo 2 pisos e de haver pouquissimo trânsito, dá-nos a sensação de que a cidade tem poucos habitantes. Todas as estradas são acompanhadas de ciclo-vias (práticamente sempre nos dois sentidos). Cuidado peões!!! Aqui são as bicicletas que têm prioridade!!!

Esta cidade tem um canal circular ligado a um canal principal que passa fora do centro. Neste canal podemos navegar de barco, mini-gôndola ou “gaivota”.


As casas são na sua maioria de tijolo muito escuro, todas elas com uma arquitectura tipica. De realçar que desprezam o uso de cortinados (é falta de respeito olhar para dentro da casa dos habitantes quando se passa na rua). É uma cidade bastante asseada apesar de encontrar-se uma beata ou um papel no chão, de vez em quando.


Existem imensos espaços verdes, todos eles muito bem cuidados, que as pessoas usam para passear ou fazer desporto.


Vamos em breve aquirir bicicletas para podermos explorar melhor a cidade. Teremos também de comprar cadeados potentes para as podermos deixar nos inumeros parques que existem espalhados por todo lado.


-- PP & RT

Sara Lee

A Sara Lee (nome original é Douwe Egberts) é o cliente para o qual estamos a desenvolver um projecto de IT Governance. Esta empresa foi fundada em 1753 e é uma das três maiores empresas do mundo de distribuíção de produtos diversos, tendo mais de 40 marcas. Em Portugal distribui produtos Sanex, Ambi Pur, Bimbo, entre outros. Esta empresa é bastante conhecida pelo cheesecake.


Para nos deslocarmos entre a Sara Lee e o hotel utilizamos os autocarros 37 ou 38. As paragens são {Savannahweg} e {Utrecht Centraal} respectivamente.

Almoçamos no refeitório (estilo “sirva-se e prepare você a sua refeição”) da Sara Lee onde podemos encontrar uma grande variedade de produtos alimentares para saciar a fome (normalmente mais acentuada no Renato) - pães, fiambres, queijos, iogurtes, fruta, salada, pratos quentes, sopa e ovos cozidos. É de salientar que a diversidade permite inovar todos os dias, o que não cria monotonia nas refeições.

O preço de uma refeição varia entre os 3 e os 6€. A média são 4€. Aproveitamos muitas vezes para comprar também o jantar ou o lanche.


-- PP & RT

Hotel

Ficámos no Hotel Park Plaza em Utrecht, perto da estação de comboios {Utrecht Centraal}.


As instalações são aceitáveis para um hotel de 4 estrelas. Os quartos tinham duas camas, televisão (com “filmes” pagos), passador de calças, ar condicionado e aquecimento a água. As janelas não abrem e por isso o quarto tem ventilação em permanência (que faz sentir uma corrente de ar quando se está deitado!!!).



O pessoal do hotel é quase todo bastante simpático.


As refeições são variadas e de qualidade: fruta, iogurtes, cereais, fiambre, carne e salmão crus fatiados, vegetais (alface, pepino e tomates), sumos de fruta, pão, café, chá e doces.


Apesar de estarmos satisfeitos, decidimos mudar de hotel para ficarmos mesmo no centro da cidade.

-- PP & RT